“Quando
escutamos os japoneses tocando Beethoven ou os chineses cantando Verdi, não
devemos pensar que eles foram seduzidos pela música “ocidental”. Essa música
não é “ocidental”, é universal, e isso porque ela pode tocar o coração de
todos. Da mesma forma, a contribuição dos ritmos africanos ou das sonoridades
indianas para a música popular mundial é agora um fato irreversível. Em algumas
gerações, não poderemos mais distinguir muito bem o que vem daqui ou de lá. O
que importa? N ão é a origem
geográfica da música que lhe dá seu brilho, mas as cadeias vivas e
multiplamente ramificadas dos músicos viajantes que a escutam, a dominam, a
interpretam e a recriam”
(Levy, Pierre – A Conexão Planetária. O mercado, o ciberespaço, a consciência)