terça-feira, 11 de novembro de 2008

Notas Musicais

O som é um fenômeno perceptível resultante das vibrações dos corpos elásticos. Essas vibrações podem ser regulares ou irregulares, ou seja, manter sempre a mesma velocidade ou vibrar em velocidades diferentes. O som que ouvimos de um objeto que vibra de forma irregular nos soa também irregular. É o que chamamos de ruído, um som que nosso ouvido não consegue identificar e comparar. É como o som das ondas do mar, do trovão, da derrapagem de um carro.

Já um som resultante de vibrações regulares permanece constante e nosso ouvido pode identificar e comparar com outro também regular. Esse é um som que chamamos de som musical e é o som, principalmente, dos instrumentos musicais que conhecemos.

As vibrações são medidas em ciclos por segundo (Hz) e o ouvido é capaz de perceber as que se situam entre 20 Hz e 20.000 Hz. As vibrações abaixo de 20 chamamos de infra-som e as que estão acima de 20.000, de ultra-som. Observe que entre 20 e 20.000 (esse âmbito é variável em função da capacidade auditiva do ouvinte) há muitas freqüências diferentes, mas não usamos todas elas para fazer música. As freqüências que usamos em nossa música ocidental foram escolhidas e sistematizadas progressivamente desde milhares de anos. Como resultado do trabalho de pesquisadores, teóricos, músicos e compositores ao longo desse tempo a música do ocidente se fixou sobre sete freqüências diferentes, chamadas notas musicais. Essas notas foram denominadas dó. ré, mi. fá , sol, lá, e si.

Portanto, as notas musicais são representações de freqüências vibratórias diferentes que foram sistematizadas em leis que “educaram” nossos ouvidos para se adaptarem a esse sistema. Por isso, quando ouvimos uma música do Islã, por exemplo, achamos que é desafinada. Isto por que a música deles e de outros povos não se baseia no mesmo sistema da nossa, ou seja não tem as regras que nosso sistema impõe e que condicionaram nossa percepção.

A fixação da música em um sistema determinado permitiu seu registro, sua difusão e a experimentação que levou ao seu desenvolvimento ao longo dos séculos. Por outro lado, quando selecionamos e sistematizamos um corpo de informações, limitamos a criação a esse sistema e, portanto, ficamos incapazes de criar além dos seus limites. Será que, depois de tantos séculos em busca da afinação vamos ter que desafinar nossos instrumentos para começar de novo? O que você acha? “Se você disser que eu desafino amor......”

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